Mulheres na liderança do Saneamento Básico

Apesar de conquistas históricas, a presença da mulher nos diversos setores, como o Saneamento Básico, ainda é discreta. No estudo de estatísticas de gênero de 2016 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), elas ocupam somente 37,8% dos cargos gerenciais no Brasil.

Na área de abrangência da ARES-PCJ, menos de 10% dos prestadores de serviços de saneamento são geridos por mulheres. No SAAE de Amparo, a engenheira civil Laura Petri, 42, é a segunda mulher e a com mais tempo ocupando o cargo de superintendência desde a fundação em 1969. “Fui a única mulher numa equipe de 6 estagiários no setor de Planejamento e Projetos da Sanasa. Após a graduação, ingressei numa empresa com quadro de 3 engenheiros e sócios proprietários e uma secretária, portanto fui a primeira engenheira”, exemplifica o predomínio da figura masculina no ambiente profissional.

Ainda hoje, Laura conta ser a única mulher em reuniões e já encontrou resistência por essa condição. “Lembro de um diretor de indústria frigorífica que disse, no meio de executivos, que não gostaria de ver um projeto meu, pois mulher só servia para cozinhar”. Com dedicação e trabalho, considera que vem avançando em resultados na cidade.

Em todas as faixas etárias, a proporção de mulheres em cargos gerenciais é sempre menor que de homens. Porém, para Lucilene Siqueira, 36, responsável pelo DAE Corumbataí, a atuação delas no setor se intensifica. “A mulher vem desempenhando um papel importante para o desenvolvimento econômico, social e cultural, visando a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável”, afirma. Lucilene participou do primeiro grupo de trabalho da ARES-PCJ e busca melhorias no saneamento básico do município frente a limitações financeiras e de capital humano.

Desde 2013 no comando do SAAE de Atibaia, Fabiane Santiago, 43, teve um histórico de participação na área ambiental e de gestão até chegar na companhia. Primeira prefeita a assinar o protocolo de intenções que constituiu a ARES-PCJ, Fabiane acredita que características ditas essencialmente femininas, como ter empatia, se emocionar e realizar os trabalhos com amor, são pontos que colaboram com a liderança. “O ser mulher não me atrapalhou, mas me ajuda muito nessa missão que desempenho à frente da Companhia de Saneamento de Atibaia”

 

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Fabiane Santiago,  do SAAE de Atibaia

 


 Lucilene Siqueira, do DAE Corumbataí

 


 Laura Petri está no comando do SAAE Amparo