Ministério das Cidades e Cooperação Alemã fazem conclusão do ProEESA

O ProEESA (Projeto de Eficiência Energética em Sistemas de Abastecimento de Água) teve ontem sua sessão de encerramento em Americana, com a presença de prestadores de serviços participantes da Rede de Aprendizagem, representantes do Ministério das Cidades, da Cooperação Alemã e da ARES-PCJ, responsáveis pela organização e condução do projeto ao longo de 2017.

O evento contou com a entrega dos Planos de Gestão de Água e Energia, documentos elaborados pelas equipes técnicas dos prestadores de serviços de água e esgoto associados à ARES-PCJ que participaram do projeto. No plano, são detalhadas as metas, programas e ações que vão proporcionar nos próximos anos, redução de perdas de água e energia elétrica nos sistemas desses prestadores.

O presidente da ARES-PCJ e Prefeito de Vinhedo, Jaime Cruz, fez seu destaque na abertura da cerimônia. “É uma satisfação muito grande termos sido os primeiros a receber esse projeto no Brasil, e algo que consideramos um reconhecimento ao excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelos municípios da região e pela ARES-PCJ”, afirmou.

Representando do Ministério das Cidades, o diretor geral da SNSA, Ernani Ciríaco de Miranda, falou da importância do projeto para o saneamento no Brasil, e informou que aproximadamente R$ 6 bilhões foram destinados ao setor em 2017, número que deve se repetir em 2018, dos quais parte deve ser concentrada na área de redução de perdas e eficiência energética. “Destaco também que está em estudo uma revisão da Lei do Saneamento com vistas a fortalecer a regulação. A exigência de uma agência reguladora permanece sendo um critério firme para a liberação de recursos federais”.

A Ministra-Conselheira e Chefe da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável, da Embaixada da Alemanha, Annette Windmeisser, ressaltou que o principal interesse de seu país nas atividades no Brasil é a mitigação de efeitos da mudança climática. “A melhoria dos serviços de saneamento tem intrínseca ligação com esses objetivos, e o Brasil é o primeiro parceiro da Alemanha nesse sentido na América Latina”, afirmou ela, que destacou também o fato de que as ações propostas no projeto são práticas e viáveis. “A maioria delas têm payback de menos de um ano”.

O detalhamento de todas as ações do ProEESA foi feito pela coordenadora do projeto, Rita Cavaleiro de Ferreira, que fez uma retrospectiva das ações e da participação efetiva dos prestadores. Confira abaixo entrevista em que Rita fala sobre o projeto:

 

Depoimentos - Na sequência os participantes da rede foram convidados para seus depoimentos. Daniel Manzi, que coordenou a área de fiscalização da ARES-PCJ durante a maior parte do projeto, comentou que o combate às perdas está em fase de transição, ou seja, deixando de ser uma possibilidade para ser uma necessidade. “Na minha visão isso passa muito mais por estratégia de gestão do que estratégia operacional, ou seja, de obras. Por isso o ambiente de rede de aprendizagem é o melhor possível para o assunto”.

A analista de regulação e fiscalização da ARES-PCJ, Thalita Salgado, falou sobre a continuidade das ações. “Faremos em 2018 uma continuidade, e contamos com a participação pontual dos prestadores que integraram a rede neste ano, para que compartilhem as informações com os próximos, que é um dos propósitos da rede”.

Sebastião Mecatti, do SAEMA de Araras, e Jucimara Pereira, da SAAE Atibaia, comentaram dos resultados já obtidos e também sobre as previsões para a implantação dos projetos em suas cidades. O ProEESA teve a participação do SAAEC Cerquilho, SAECIL Leme, DAAE Araraquara, BRK Ambiental, DAE Santa Bárbara d’Oeste, SAAE Indaiatuba, SEMAE Piracicaba, DAEV Valinhos, SAE Louveira, SANEBAVI Vinhedo e SAAE Mogi Mirim. A segunda edição da Rede de Aprendizagem vai acontecer na AGIR, em Blumenau (SC).